"coisas minhas, talvez você nem queira ouvir..."
eu não sinto mais...
eu não bebo mais...
eu não como mais...
é um cheiro que se perdeu em minhas mãos...
é um gosto que lateja em minha mente de desejos...
são lembranças..............................................................
será que você as tem? Que ainda tem?
será que quer ter?
será que pelo mesmo tempo que eu?
Ou será que nem lembra?
"é, mas ainda tenho muita coisa pra arrumar..."

Por que eu sinto menos sua falta quando estou sem você.

Hoje tive vontade de gritar, mas acabei chorando pelo silencio de outra pessoa.
Olhando pela janela do carro, via a paisagem ainda seca mesmo com terrenos alagado, simplesmente correr, passar por mim como se eu não existisse, sentisse... foi entãoq ue percebi que não exito, não do jeito que me sinto. Ninguém percebe o meu pranto e nem chega a perceber que esse discreto sussurro saõ gritos desesperados e tão altos em mim, em meus ouvidos, tão ensurdecedoroes que minha única reação é baixar a cabeça.
Olho para um lado e para outro, disfarço, mas não consigo mem livrar dessa agonia de querer guardar tudo pra mim. De não reclamar!
E por isso, como já me disseram, acabo me acostumando com coisas ruins.


Ela queria vê-lo.
Era dia de chuva. O campo neutro (expressão criada após tantos términos, servia pra designar o local onde não se podia levar outro alguém, nem beijar ninguém que não fosse ela) era aberto. Ela daria "na cara" se fosse lá.
Mas ia.
Queria vê-lo e pronto.
Botou uma blusa bacana. Roxa. Colocou um sutiã daqueles que deixam os peitos enormes. Primeiro por que fazia bem pra auto-estima de qualquer ser que use saias ter um peito incrível ( e daquele tamanho), segundo por que queria que ole olhasse. Não importava quantas mil vezes ele tinha visto, mesmo sem a roupa. Ela apenas queria que ele olhasse.
Passou o 212, da Carolina. A amiga jurou que ainda estaria nela, lá pelas 6 da matina, ou até mesmo no dia seguinte, quando ela pretendia acordar na cama dele. E, óbvio, empregnar tudo com aquele cheiro que nem era dela. Era da amiga. Mas não importava. Ele lembraria. Tava bom.
Foi de Melissa. Ela adorava Melissa. E ele também. A Melissa era roxa. Ela se sentia incrível por usar uma Melissa roxa, do tipo "vovó vai na missa".
O resto era usual. Jeans básico, calcinha de algodão. Sem brincos.
Secou o cabelo. Fez maquiagem.
Tava linda.
Ele perceberia.
Certeza.
Mas ele não foi.
Ela dançou Meu Esquema sozinha.
Dispensou o Cesinha (aquele cara super inteligente, gostoso... que só pegava mullheres burras e gostosas, o burra não era o caso dela Claro).
E voltou pra casa.
Maquiagem borrada.
Cabelo com cheiro de cigarro.
E em casa só a gata, sem a sarna.




...Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, começe novamente... Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca... Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala... O mais é nada..."
(Fernando Pessoa)

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