ESTE HOMEM ME PERSEGUE


Lisieux


Este homem me persegue,
noite e dia, a toda hora...
com seu olhar me devora
e com jeito ele me segue.

Este homem me persegue,
noite e dia, em pensamento...
no sopro e na voz do vento
e também por onde eu passo.

Este homem me persegue.
Já virou um ritual:
por onde vou , ele vai,
com ar de intelectual.

Eu me sinto desmanchar
com o fogo do seu olhar,
seu jeitinho de piscar
e o seu sorriso maroto.
Este homem é uma delícia
com trejeitos de malícia
e maneiras de garoto...

Sim, ele me persegue...

Ele me prende em seu laço,
tira-me a concentração...
e me mata de paixão
sonhando com o seu abraço.
,

Não Quero.


Não, não quero me apaixonar.
Amor é pura ilusão criada pelos poetas sentimentalistas,
que botam o
amor como flor meiga, com pétalas rosas e brancas,
tão suave, tão doce, com tamanha pureza.
Amor não
são pétalas apenas, até as mais graciosas rosas tem espinhos.
Logo, por que o amor também não teria
os seus?
Não, não quero me apaixonar por tais pétalas, pois tenho medo de espinhos.
Meu consciente
me julga, me ignora.
Não, não quero me apaixonar, mas já estou me apaixonando.
Não sei parar de
olhá-lo!
Não sei parar de deseja-lo!
Meus olhos guiam minha lúcida visão até a direção de onde você está.
Não quero me
apaixonar, por favor, pare de me encantar, pare de sorrir.
Não quero mais uma vez sentir os arranhões dos espinhos em meu corpo.
Não, por favor, pare de sorrir lindo assim.

Pare de fazer-me cantar de alegria por sentir calor, pare de fazer-me sonhar
com impossibilidades,
pare de fazer de mim uma embriagues apaixonante.
Não quero me apaixonar, mas meu querer de nada
vale., no momento em
que...apaixonada, já estou.

Mais Uma Vez


Mais uma vez estamos juntos. Você diz que me espera, que me quer... que estou em seus planos... que você me quer na sua vida. Me trata com carinho, mostra na prática o quanto eu significo. Mas eu não sinto nada... não adianta. Não faz a “liga”. Já ouvi várias vezes que temos que gostar de quem gosta da gente... mas coração é terreno estranho, é ser de outro planeta... não conhece a lógica... Ele só sente... se pensasse? Seria cérebro só que em outro lugar! E nos despedimos e me sinto tão perdida e tão vazia... Pior do que estava antes... E penso nele,naquele que me faz sentir as borboletas no estomago,Que veio sem porque, sem buquê, Sorrateiro... naquele outro que eu quero e que, pelo jeito, nem toma mais conhecimento de minha existência... Lembro do poema Ciranda... “fulano gostava de fulana que gostava de beltrano...” É... minha vida amorosa é uma ciranda... Mas, às vezes, está mais para “cabra cega”... Vou tateando no escuro... no escuro espaço de meus sentimentos, no território estrangeiro que é meu coração e busco encontrar algo familiar ao meu toque... algo que complete estas lacunas que teimam em aparecer... A tinta rala de meus sentimentos que pinta esta parede porosa que é a minha vida... A tinta não escorre, não espalha, ela some... evapora... Vai para algum lugar... onde você não está.





Eu não sei mais jogar...

Sem, porque, sem motivos, quando ele surge é como se algo inexplicável acontecesse comigo.

Algo pelo qual eu não esperava, algo que eu não imaginava, algo que não queria e aconteceu, simples assim, é o que sinto quando me pergunto sobre ele em mim.

Duvidava, não entendia, quando alguém me falou
Suspirava, que agonia....

O tempo, passou sem eu ver, sinto saudade dele
Mas só dele.

E agora eu já sei quando falta respiração, é a prova que o coração já não sabe mais ....

E ai começo a olhar para trás e me perco em milhões de porquês...

Porque ele... Porque me sinto assim sem saber identificar como é que me sinto na verdade.

Porque fugi e depois de tanto tempo agi como presa que se deixa abater.

Voltei tudo de novo, com a ingenuidade de pensar que estava imunizada.

Voltei tudo de novo, pensando que ele não mais me afetava.

Passei um tempo, a brincar aquele '' jogo'', mas derrepente vi que aquilo não tinha fim, não ia a lugar algum, percebi que ali não tinha lugar para mim.

Fugi, sumi... Mudei os ares, os caminhos... Tentei também mudar os pensamentos e consegui por tempos.

Pronto parecia estar tudo resolvido... Que doce engano.

Mais uma vez me dispus a jogar, orgulhosa de agora saber elaborar e ponderar todos os passos desse jogo de sedução...

Dessa vez era como se não pudesse mais fraquejar, eu já sabia as regras, os limites, as táticas e agora era só... Jogar.

Mas esqueci da minha armadura, e as armas dele são fatais, como não desconcentrar? Como não se perturbar? Como jogar?

Queria que ele me dissesse como somente jogar.

Mais uma vez todas as sensações maravilhosas e perigosas, agora mais intensas.

Deixei-me levar, os desejos não faziam parte da minha estratégia, mas surgiram fortes.

Querer ele também não era certo, porém eu o queria, e quero.

Quando percebi, já não havia o que se jogar, eu já não tinha mais controle dos próximos passos e quando menos percebi, não existia um jogo.

Existia uma vontade louca de estar com ele, de ser dele.

Uma vontade louca de ser tomada por ele, de satisfaze-lo, de olhar em seu rosto e ver estampada a exitação que ele sente quando me domina, e me deixa submissa a ele.

Quando percebi, era a pele quente encostada na minha, era a vontade, o desejo, e todos os conflitos de sentimentos que reinavam ali comigo, em mim.

Quando menos percebi eu dizia não, mas meu corpo suspirava pelo dele.

Então era a boca dele mais quente e perfeita que qualquer outra pudesse ser, era o cheiro dele que impregnava em todas as partes do meu corpo e ficava a me perturbar.

Era o jeito dele que me atormentava, o modo como falava, como agia, o modo como se mexia em mim, e o modo que mexia comigo.

Como não se perturbar?

Como não desconcentrar quando ao passar ele sorri lindo, um sorriso que me tira a atenção.

Como não desandar se quando ele me abraça, sinto aquela sensação.

Se o bom dia, sempre acaba em um leve beijo.

E aquela barba que roça no meu rosto me faz lembrar dos beijos leves, dos beijos ardentes, me faz lembrar dos beijos nas costas e nas coxas, me faz lembrar da pele quente.

Como não querer mais e mais estar com ele se cada vez que estou, ele torna -se centro único da minha atenção.

Não me preocupo se podem nos ver, não me preocupo o que vão dizer, me entrego a ele e não quero nem saber.

Como voltar a dormir depois de acordar durante a madrugada para ve-lô e me entregar a ele.

Como voltar a dormir se aquele cheiro novamente impregnou em mim e não me deixa tirar ele do pensamento.

Como passar por ele todos os dias sem poder toca–lo , sem beijar a sua boca e desejá-la mais que possa demonstrar, deseja -la em minha boca e em todo o meu corpo.

Como não sentir o toque dele, a barba, a pele e a boca quente, como não sentir o cheiro .... (ah!... aquele cheiro ), como não sentir e mesmo assim só de ver ele sentir aquela sensação.

Não existe um jogo, existe algo aqui dentro que não tem um porque, nem para que.... mais tem algo que não sei dizer.

E a confusão de sentimentos em relação a ele, da medo.

Medo de assustar, medo de me expor, medo de ser uma menina boba.

Acho que na verdade eu sou.

O medo de querer ter oque não posso, medo de sentir coisas que sinto e não devo.

Um medo que me faz falar que nem louca bobagens e coisas sem sentido mas que cala a minha boca quando quero dizer o quanto é bom quando ele está comigo.

Medo de admitir como as coisas são, admitir como eu queria que elas fossem e medo maior ainda de admitir que não me fechei, não me defendi e medo de admitir oque eu sinto.

Um medo de demosntar isso, e me deixar mostrar sentimental, e perder ele, mesmo sabendo que ele não é meu.

Por causa desses medos as vezes fujo dele, e isso me deixa com outras sensações , não aquela sensação boa .

Quando fujo tenho aquela sensação de saudade, a sensação de vazio, vontades sufocantes do sorriso dele e das historias dele.

Ah ! quando fujo dele , é como se corresse e ao mesmo tempo quisesse ser pega, pois sei que me deixaria novamente cair nas suas presas.

Mas mesmo assim eu as vezes fujo dele.

Fujo do sorriso dele e do meu quando estou com ele , fujo do embaraço de deixar ele notar o quanto gosto dele.

Fujo da felicidade momentânea e fujo da solidão duradoura.

Mudo os caminhos, mudo os horários, a agenda , mais quanto mais fujo mais me sinto sozinha.

E ele não me deixa fugir, me encanta até em pensamentos, vem me acariciar nos sonhos.

As vezes enquanto fujo, eu o procuro, em outras vozes, outras peles, mas não sinto aquela sensação.

Não vai além do minimo, e nunca ira ao máximo.

Finjo que não o quero, fecho os olhos e interpreto, mas onde está aquele beijo?

Onde está aquela sensação?

Como ir além de um beijo, como ser de outro se ele é quem aperta meus braços e me faz amolecer o corpo.

Como ser de outro só ele tem aquela expressão no rosto, só ele tira minhas neuras.

Como ser de outro se ele faz tudo oque eu gosto, e eu gosto de fazer tudo oque ele quer.

Como querer ser de outro se a mão pesada dele, se torna tão leve e tão forte ao mesmo tempo.

Como.... ser de outro se aquele sorriso e tudo oque vem dele me encanta.

Como querer ser de outro se sempre que eu quero ser de alguém ... esse alguém é ele.

Outro qualquer não me faz sentir como ele me faz, e é como se o meu querer , meu desejar só surgisse quando ele me olha , e meu corpo acendesse somente quando ele me beija,

E aquela sensção só surgisse quando ELE sorri.

A sensação das borboletas....... as borboletas no estômago.

Eu não se mais jogar .....

Porque já entreguei os pontos á ele .

Ele que eu não tenho.

Ele que não é meu, mas morro de medo de perde-lo.

Eu não sei mais não sentir as sensações.

Eu não sei mais não fazer planos.

Não sei mais não deixar tudo por um segundo com ele.

Não sei não sentir as borboletas.

Eu não sei mais desapaixonar.

Eu não sei mais não sonhar com ele.

Desejar ele

Esperar por ele.

Enfim .....

Eu não sei mais jogar com ele.

Amor é pra sentir não pra entender ....



Não sei por que te quero assim
Você de mim faz o que quer
Às vezes juro que é afim
E outras que não é

Já tentei por vezes te esquecer
E outra boca quis beijar
Eu te evito mas quero te ver
Dá raiva de te amar

Não, eu não posso mais ficar assim
Esperando a sua crise ter um fim
Rezando pra você voltar atrás
Falta coragem pra dizer que nunca mais


(Sou culpado)
Estou amarrado em suas mãos

(Quanta saudade)
Quando o teu corpo toca o meu

(Como eu queria)
O fim das crises do teu coração

(Quem sabe um dia)
A sua vontade seja eu


(Sou culpado)
Me dei todo e você desfaz

(Quanta saudade)
Minha recompensa é você

(Como eu queria)
Concordar com tudo que me faz

(Quem sabe um dia)
Eu até consiga te esquecer

"Amor é pra sentir, não pra entender


A eterna Ladainha do Orkut !!! Vamos Namorar e sair do orkut ?


De tempos em tempos, bodes expiatórios são eleitos para os começos e términos de namoro, agora a bola da vez é o pobre orkut.

Primeiro, quando surgiu, foi considerado uma excelente forma de retomar contatos e até de manter um network bem organizado. Com o tempo também foi se tornando mais uma ferramenta de paqueras virtuais, aquela velha coisa existente desde as salas de bate-papo da extinta mandic BBS.

Aí o sujeito ou a moça conhecem uma pessoa e começam um relacionamento. No primeiro momento é recadinho pra cá, depoimento pra lá, coraçõezinhos aqui, fotinhos acolá. Com o tempo começa a cobrança "quem é essa fulaninha no seu orkut?" ou ainda " Ah, você tem seu ex-namorado? Então tá", etc, etc, etc.

Mais um tempo e após não aguentarem mais tantas cobranças e brigas inúteis os dois tomama decisão de assassinar seus orkuts de uma vez por todas ou transformarem os mesmo em um único perfil, que romântico não?

Mas aí, depois de mais um tempo, o casal percebe que o orkut era só um pretexto para incompatibilidade de gênios, ou de objetivos, enfim, descobrem que arrumaram novos motivos para brigarem e como quase sempre, acabam rompendo aquela lúdica relação e voltarem ao mundo normal.

E aí fica aquela malemolência de voltar, não voltar, eis a questão. Continuam se encontrando até que em um momento um faz algo que incomoda muito o outro, mesmo eles não sendo mais oficialmente um casal. É nessa hora que...surpresa: Voltamos ao orkut. E aí começa tudo de novo, etapas de afrontas e desafios são criadas e percorridas conforme um quer atingir o outro.

Podem reparar, é quae um roteiro fixo. Primeiro um entra no orkut e coloca a foto do outro com mais pessoas e uma frase lacônica embaixo, do tipo: "Pessoas especiais", ou "vocês sempre vão fazer parte da minha vida" entre outras. Aí, quando o outro descobre que sua ex-futura-amada voltou ao orkut, fica possesso e resolve fazer o seu também e adicionar várias amiguinhas que ela morria de ciúmes. A moça, ao ver, tira a foto anterior, coloca várias fotos extraídas de sites de balada com legendas mais pseudo-seguras como: "eu e as meninas na balada, causamos muuuuuito esse dia".

Quando se percebe, eles não voltaram a namorar, mas as brigas e agressões continuam incessantemente. Quando um dos dois resolve apelar de vez, é hora do grand finale: Adicionam seus ex-ficantes, ex-namoradas e todo tipo de ex, claro que sempre deixando um recdinho que incluas as expressões "saudades", "precisamos marcar algo" e "estou solteiríssima".

Por fim, após tantas tensões e acharem que ainda se gostavam eles resolvem fazer o pedido que passa de era em era: Vamos sair do orkut?

Cuide, more e ame!!!!



Cuide, more e ame!!!!
(para reflexão...)

Mário Quintana que me perdoe, mas ele esqueceu de colocar algo muito importante quando falava sobre jardim e borboletas... Não basta somente cuidar do jardim... Por muito tempo cuidei... Já estava exausta! E as borboletas?... Ou seria a borboleta do amor?... Sim! Porque as borboletas são todos os âmbitos da sua vida... E percebi que tinha várias borboletas... As quais eu não amava e elas estavam, lá, sozinhas... A carência afetiva é o mal do mundo... O não saber o que é o amor verdadeiro... Mas tem algo que (acredito eu) ele deixou muito subentendido: não basta cuidar do jardim... TEM QUE IR MORAR NELE e AMAR TODAS AS BORBOLETAS!! Talvez, ele tenha deixado subentendido para que as pessoas descobrissem sozinhas, mas elas não entenderam por estar muito cansadas de cuidar,
regar, podar, plantar, revolver e adubar a terra... Muitas vezes sob sol ardente da dor, da solidão, da carência humana... Esperando somente uma borboleta específica... Sim, o mal do mundo é a carência do amor... Ah, Michel Quoist! Como você sempre sonhou que o ser humano descobrisse que é amado para amar, não é mesmo?... Saber amar... Bem, descobri isso recentemente... Morar no meu jardim... Vá morar no seu jardim e ame as borboletas que vivem nele e as que chegam a cada dia!... Creio que está uma festa colorida e alegre, não? Mas você não está participando... É normal sentir falta daquela borboletinha tão desejada... A borboleta do amor... Mas e as outras? Estão dançando num lindo colorido para você!... “Aquela Borboleta” chegará... Quando você estiver amando as que já existem, pois se você não consegue amar as que já estão lá, como Deus irá mandar outra?... O amor não pode ser uma
simbiose: Você e “Aquela Borboleta”... Amor é livre, extenso... Espere... Espere, pois diz um ditado que: para o barco que não sabe o seu rumo, nenhum vento é favorável (forte isso, não?)... Então, se você deseja plenitude na vida e sabe que precisa cuidar e morar no jardim... Continue!... Dom Helder Câmara pedia: "Não, não pares! Podendo ou não podendo chegar até o fim!"... A vida é o caminho, e não a chegada... Hoje, por ter feito essa grande descoberta e ter me mudado para o meu jardim, sou um leãozinho brabo e doce, que vive com seus filhotes num jardim florido e perfumado... Com várias borboletas coloridas para me alegrar e me ensinar a amar... Amar “Aquela Borboleta”... Espero que você também pense assim!... Afinal, dê atenção e ame todas as borboletas e não somente a borboleta do amor!...

Então, lembre-se: CUIDE, MORE e AME!


... Ah!Quase ia esquecendo: perdoe-me, Mário Quintana... Realmente você não esqueceu nada...


De Eline Posener.

"Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não Se instalou feito posseiro dentro do meu coração"


Não gosto de nada morno. Se não tiver paixão, se não tiver emoção, se não me arrancar do chão, não serve.
Minha vida já está acontecendo e eu não tenho mais tempo a perder com sorrisos amarelos. Com abraços frouxos. Com bocas aleatórias. Com noites sem dias seguintes. Com pessoas que não se dão. Quero viver tudo intensamente. Até a última gota. Correr o risco. Me atirar. E sentir o coração bater forte. Sair pela boca. Me engolir. Ter aquela sensação de não estar cabendo no próprio corpo... Quero rir de mim mesmo. Rir sozinho no meio da rua. Quero andar cantando. E fazer poesia em dia de chuva. Quero um dia. Uma hora. Um minuto. Desde que seja de verdade.

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“Você vai lembrar do sorriso, dos olhos, da boca ainda por muito tempo. Picotar fotos é só a materialização de um desejo: gostaríamos que certas pessoas saíssem da nossa vida instantaneamente, bastando pra isso uma tesourada. Mas o processo de despedida é bem mais lento e mais difícil. É preciso deixar o tempo agir. E o tempo age com mais parcimônia.”

Martha Medeiros

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Hoje eu acordei de ressaca. ressaca de você, você que usou e abusou da minha (in)sanidade. cansei do teu sex appeal. agora me diz. me olha nos olhos. não, é nos olhos e não no decote. pára, não me faça essa cara! eii, é aqui em cima! não me coma pelos olhos (você sabe que eu não resisto) como é que uma pessoa te beija daquele jeito e depois nem sequer uma ligação? meu Deus, qual é o teu problema? (diga-se de passagem, o problemas dos homens) primeiro você me vira do avesso e vai embora assim. dai eu te encontro e você age normalmente?! por favor, me traga os óculos da realidade, eu devo estar no país das maravilhas! olha meu caro (lindo!), não é só porque você beija horrores que se pode fazer isso, viu?! é crime! pecado dos graves. você tem o custume de fazer isso com todas? só pode! mas escuta aqui, existe uma mulher em mim (que quer ser resgatada mas isso é um quase segredo) com sentimentos singelos. você é o paraíso, mas eu quero o inferno! será que tá me entendendo? não me venha com esses susurros ao pé do ouvido. hoje eu tô aço. ué, eu nasci assim. sou um paradoxo em forma de mulher (morena).

aah, eu me rendo! doce ilusão... !


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"Foi chegando sorrateiro e antes que eu dissesse não Se instalou feito posseiro dentro do meu coração"


"...e ele chegou assim sem um porquê, sem um buquê....trazendo somente certezas na bagagem...e aconteceu...como na fábula...ela dormia há anos....encantada dentro de sua própria casca...e assim se protegia dela mesma, das outras pessoas e do mundo lá fora...e era fácil ficar ali vivendo dentro de seu próprio sonho...onde somente ela controlava os acontecimentos, as falas, os movimentos...mas ele chegou assim.....trazendo cheiros na bagagem......inundando a casa dela de perfumes....dos temperos nas panelas...do suor das pernas entre os lençóis....era ela...a bela adormecida.....finalmente amanhecia...entre os cheiros de azeite e sexo...deixando de ser fada pra ser mulher...deixando as páginas dos livros pra entrar pra vida real...e como era bom não saber dos movimentos, das falas, dos acontecimentos....como era bom não prever o beijo, o final feliz...apenas viver... sem pensar, sem calcular, sem planejar...e ver chegar alguém assim sem porquê e sem buquê...e deixar entrar... pela porta da frente... " R.S

Eu só queria um namorinho de portão


Não, você não precisa ter o abdômen do mocinho da novela, afinal eu adoro meus peitos naturais que se mexem de leve quando eu corro e desaparecem um pouco quando eu emagreço demais. Acho até que posso ficar com sua barriga pra sempre, mas já faz tempo que não acompanho nem uma semana seguida de qualquer novela.
Eu não quero que você me busque num super potente carro, eu só quero que quando você me beije, eu não deseje mais nenhuma força do universo. Estou pouco me lixando se o restaurante tem várias cifras no guia da Folha, mas gostaria muito que a gente esquecesse das mesas ao lado e risse a noite toda, eu até brindaria com água sem bolhinhas. Sério que tem uma pousada mega-master com ofurô em cima da montanha e charretes cor-de-rosa que trazem o café da manhã? Dane-se, se você conseguir passar, nem que seja algumas horas, encantado pela gente, essa será a maior riqueza que eu posso ganhar.
Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegue o celular, não pegue a internet, não pegue a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegue muito.
Sim, sim, música eletrônica é demais, celebrar a vida com os amigos é genial, pular bem alto é sensacional. Mas será que a gente não pode colocar um Cartola bem baixinho na vitrola e dançar sozinhos no escuro, só hoje? Será que a gente não pode parar de adjetivar o mundo e se sentir um pouco?
Eu procuro você desde o dia em que nasci, não, eu não dependo de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.
Só que estamos com um problema: vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa. Eu não odeio mais as garotas em série e seus namorados em série, eu não odeio mais a sensação de que o mundo está perdido e as pessoas lutam todos os dias para se parecerem ainda mais com o perdido ao lado, se perdendo ainda mais.
Eu não odeio mais quem cuida do corpo mas esquece da alma, quem cuida do cabelo mas esquece da mente, quem cuida da superfície mas faz eco por dentro, quem coloca um peito de silicone mas esquece de dar mais uma chance ao amor.
Eu não odeio mais a galera feliz em pertencer a um mesmo barco que não vai a lugar nenhum.
Eu só acho isso tudo muito triste e prefiro não ver. Eu prefiro não fazer parte da feira que compete pra ver quem tem a casca mais bonita. Voando eu sei que você não vem, até porque eu jamais namoraria um super-homem: tenho horror a pessoas falsamente infalíveis.
Não quero um homem que sempre vence, que sempre impressiona, que sempre salva e sorri impecável em dentes brancos e músculos ressaltados por um colan com as cores da bandeira americana.
Você pode ter medo de monstrinhos imaginários e dormir com a porta trancada, pode ficar meio tristinho quando, numa festa cheia de amigos, lembrar que é sozinho no mundo, pode perguntar assustado no meio da noite “aonde você vai” mesmo sabendo que é só um xixi, pode até fazer piada com o seu medo de estar vivo, e pode, inclusive, ficar sério e quieto, de repente, por causa disso também.
Não existe Orkut, não existe Messenger, não existe celular, não existe um supercelular que é máquina fotográfica, Orkut e Messenger ao mesmo tempo.
Não existe o décimo quarto andar do meu prédio com 8 seguranças lá embaixo. Não existe a balada perfeita com 456 garotas iguais e programadas para te dar um amor levemente inexistente.
Não existe esperar que a vida fique mais compacta, mais veloz, mais completa e mais fácil, assim como o computador.
Existe essa coisa simples, antiga e quase esquecida pela possibilidade infinita de se distrair com as mentiras modernas do mundo.
Existe o amor, mas onde ele foi parar depois de tudo isso?
Eu não tenho um portão para te esperar, como minha avó um dia esperou pelo meu avô e eles ficaram juntos por 70 anos. Talvez eu também seja engolida por esse mundo que cria tantas facilidades para a gente não sofrer.

Tenho medo de que tudo seja uma mentira e de verdade sinto que é, mas ainda acordo feliz todos os dias esperando que ao menos você seja verdade.

Tati Bernardi