Eu não sei mais jogar...

Sem, porque, sem motivos, quando ele surge é como se algo inexplicável acontecesse comigo.

Algo pelo qual eu não esperava, algo que eu não imaginava, algo que não queria e aconteceu, simples assim, é o que sinto quando me pergunto sobre ele em mim.

Duvidava, não entendia, quando alguém me falou
Suspirava, que agonia....

O tempo, passou sem eu ver, sinto saudade dele
Mas só dele.

E agora eu já sei quando falta respiração, é a prova que o coração já não sabe mais ....

E ai começo a olhar para trás e me perco em milhões de porquês...

Porque ele... Porque me sinto assim sem saber identificar como é que me sinto na verdade.

Porque fugi e depois de tanto tempo agi como presa que se deixa abater.

Voltei tudo de novo, com a ingenuidade de pensar que estava imunizada.

Voltei tudo de novo, pensando que ele não mais me afetava.

Passei um tempo, a brincar aquele '' jogo'', mas derrepente vi que aquilo não tinha fim, não ia a lugar algum, percebi que ali não tinha lugar para mim.

Fugi, sumi... Mudei os ares, os caminhos... Tentei também mudar os pensamentos e consegui por tempos.

Pronto parecia estar tudo resolvido... Que doce engano.

Mais uma vez me dispus a jogar, orgulhosa de agora saber elaborar e ponderar todos os passos desse jogo de sedução...

Dessa vez era como se não pudesse mais fraquejar, eu já sabia as regras, os limites, as táticas e agora era só... Jogar.

Mas esqueci da minha armadura, e as armas dele são fatais, como não desconcentrar? Como não se perturbar? Como jogar?

Queria que ele me dissesse como somente jogar.

Mais uma vez todas as sensações maravilhosas e perigosas, agora mais intensas.

Deixei-me levar, os desejos não faziam parte da minha estratégia, mas surgiram fortes.

Querer ele também não era certo, porém eu o queria, e quero.

Quando percebi, já não havia o que se jogar, eu já não tinha mais controle dos próximos passos e quando menos percebi, não existia um jogo.

Existia uma vontade louca de estar com ele, de ser dele.

Uma vontade louca de ser tomada por ele, de satisfaze-lo, de olhar em seu rosto e ver estampada a exitação que ele sente quando me domina, e me deixa submissa a ele.

Quando percebi, era a pele quente encostada na minha, era a vontade, o desejo, e todos os conflitos de sentimentos que reinavam ali comigo, em mim.

Quando menos percebi eu dizia não, mas meu corpo suspirava pelo dele.

Então era a boca dele mais quente e perfeita que qualquer outra pudesse ser, era o cheiro dele que impregnava em todas as partes do meu corpo e ficava a me perturbar.

Era o jeito dele que me atormentava, o modo como falava, como agia, o modo como se mexia em mim, e o modo que mexia comigo.

Como não se perturbar?

Como não desconcentrar quando ao passar ele sorri lindo, um sorriso que me tira a atenção.

Como não desandar se quando ele me abraça, sinto aquela sensação.

Se o bom dia, sempre acaba em um leve beijo.

E aquela barba que roça no meu rosto me faz lembrar dos beijos leves, dos beijos ardentes, me faz lembrar dos beijos nas costas e nas coxas, me faz lembrar da pele quente.

Como não querer mais e mais estar com ele se cada vez que estou, ele torna -se centro único da minha atenção.

Não me preocupo se podem nos ver, não me preocupo o que vão dizer, me entrego a ele e não quero nem saber.

Como voltar a dormir depois de acordar durante a madrugada para ve-lô e me entregar a ele.

Como voltar a dormir se aquele cheiro novamente impregnou em mim e não me deixa tirar ele do pensamento.

Como passar por ele todos os dias sem poder toca–lo , sem beijar a sua boca e desejá-la mais que possa demonstrar, deseja -la em minha boca e em todo o meu corpo.

Como não sentir o toque dele, a barba, a pele e a boca quente, como não sentir o cheiro .... (ah!... aquele cheiro ), como não sentir e mesmo assim só de ver ele sentir aquela sensação.

Não existe um jogo, existe algo aqui dentro que não tem um porque, nem para que.... mais tem algo que não sei dizer.

E a confusão de sentimentos em relação a ele, da medo.

Medo de assustar, medo de me expor, medo de ser uma menina boba.

Acho que na verdade eu sou.

O medo de querer ter oque não posso, medo de sentir coisas que sinto e não devo.

Um medo que me faz falar que nem louca bobagens e coisas sem sentido mas que cala a minha boca quando quero dizer o quanto é bom quando ele está comigo.

Medo de admitir como as coisas são, admitir como eu queria que elas fossem e medo maior ainda de admitir que não me fechei, não me defendi e medo de admitir oque eu sinto.

Um medo de demosntar isso, e me deixar mostrar sentimental, e perder ele, mesmo sabendo que ele não é meu.

Por causa desses medos as vezes fujo dele, e isso me deixa com outras sensações , não aquela sensação boa .

Quando fujo tenho aquela sensação de saudade, a sensação de vazio, vontades sufocantes do sorriso dele e das historias dele.

Ah ! quando fujo dele , é como se corresse e ao mesmo tempo quisesse ser pega, pois sei que me deixaria novamente cair nas suas presas.

Mas mesmo assim eu as vezes fujo dele.

Fujo do sorriso dele e do meu quando estou com ele , fujo do embaraço de deixar ele notar o quanto gosto dele.

Fujo da felicidade momentânea e fujo da solidão duradoura.

Mudo os caminhos, mudo os horários, a agenda , mais quanto mais fujo mais me sinto sozinha.

E ele não me deixa fugir, me encanta até em pensamentos, vem me acariciar nos sonhos.

As vezes enquanto fujo, eu o procuro, em outras vozes, outras peles, mas não sinto aquela sensação.

Não vai além do minimo, e nunca ira ao máximo.

Finjo que não o quero, fecho os olhos e interpreto, mas onde está aquele beijo?

Onde está aquela sensação?

Como ir além de um beijo, como ser de outro se ele é quem aperta meus braços e me faz amolecer o corpo.

Como ser de outro só ele tem aquela expressão no rosto, só ele tira minhas neuras.

Como ser de outro se ele faz tudo oque eu gosto, e eu gosto de fazer tudo oque ele quer.

Como querer ser de outro se a mão pesada dele, se torna tão leve e tão forte ao mesmo tempo.

Como.... ser de outro se aquele sorriso e tudo oque vem dele me encanta.

Como querer ser de outro se sempre que eu quero ser de alguém ... esse alguém é ele.

Outro qualquer não me faz sentir como ele me faz, e é como se o meu querer , meu desejar só surgisse quando ele me olha , e meu corpo acendesse somente quando ele me beija,

E aquela sensção só surgisse quando ELE sorri.

A sensação das borboletas....... as borboletas no estômago.

Eu não se mais jogar .....

Porque já entreguei os pontos á ele .

Ele que eu não tenho.

Ele que não é meu, mas morro de medo de perde-lo.

Eu não sei mais não sentir as sensações.

Eu não sei mais não fazer planos.

Não sei mais não deixar tudo por um segundo com ele.

Não sei não sentir as borboletas.

Eu não sei mais desapaixonar.

Eu não sei mais não sonhar com ele.

Desejar ele

Esperar por ele.

Enfim .....

Eu não sei mais jogar com ele.

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